quarta-feira, 2 de junho de 2010

E eu fico louca
Me olhando no espelho
Procurando outros rostos
Que eu queria encontrar

E eu fico louca
Olhando o relógio
Esperando a vida passar

Louca lendo seus poemas
Excluindo memórias
Que gostaria de guardar

Fechando os meus olhos
Dormindo com o medo
De ter que acordar

Digitando textos
Reprimindo o desejo
De te encontrar

Sentir seu cheiro
Acabar com o anseio
E apenas sonhar.

O som da chuva
Invade meus pensamentos
Suas gotas geladas
Refrescam minha alma
O vento frio
Se torna brisa leve
E eu viajo
Viajo com o toque das gotas
Em meu rosto
Meu corpo arrepia
E o sorriso aparece
Nesses momentos
As lágrimas não aparecem
E eu me sinto tão leve
Dias de frio
Dias de chuva
Dias em que o corpo
Encontra a alma

É como se o vento levasse
Um pouco da minha alma
Cada vez que passa
E agora resta tão pouco de mim
As ventanias
Levaram porções tão grandes.
Agora são só ventos calmos que passam
Tentando fazer com que eu aproveite
O pouco que restou
Mas também
Criando uma certa agonia
Por demorar tanto para chegar ao fim
Vento, ventania
A calmaria nunca chega